A B&Q Energia acaba de implantar a área de ‘Supply Chain’ (cadeia de suprimentos ou gestão da cadeia de suprimentos). Para encabeçar o setor, o escolhido foi o Gerente de Supply Chain, Ricardo Ribeiro do Val. Profissional com mais de 35 anos de experiência em empresas nacionais e multinacionais como Ericsson, Johnson & Johnson, Deloitte e Hapvida, na área Supply Chain Management, ele possui amplo conhecimento na gestão de processos administrativos e logísticos, com implementação de indicador chave de conhecimento e acordo de nível de serviço, planejamento de compras, gestão de contratos corporativos com fornecedores estratégicos, monitoramento de economias, operações de comércio exterior e implantação de projetos. Seu currículo também conta com um MBA em Gestão Empresarial e Certificação APICS (American Production and Inventory Control Society).
Ricardo contou que dentro da B&Q essa área foi concebida com a união de alguns setores já existentes. Foram agrupados os setores de frota, manutenção, compras, almoxarifado e contratos, com o objetivo da diretoria ter uma visão mais estruturada e completa dos processos existentes.
Segundo Val os seus desafios serão a integração dessas áreas e é preciso olhar os contratos existentes, pedidos de compras, veículos já adquiridos, para depois desse primeiro momento poder dar melhores condições aos clientes internos. “A operação é o nosso principal cliente interno. Precisamos integrar esses setores para termos a mesma base de dados e a mesma visibilidade. Além disso, precisamos possuir alguns indicadores de performance de cada área e ao mesmo tempo critérios agregados”, destacou o novo gestor.
Como exemplo, ele citou o nível de estoque dizendo que não depende somente do setor de compras, nem do almoxarifado, mas sim das duas áreas. “Se você comprar muito, vai ter um estoque muito alto. E não é interessante empatar o capital da empresa em um volume de estoque muito alto e desnecessário. Por outro lado, se tivermos um estoque muito baixo, pode vir a ter complicação na operação e, consequentemente, um ruído na operação que poderá gerar uma multa ou perda de contrato”, explicou.
O segundo desafio para o novo Supply Chain é a busca pelo trabalho de forma integrada e um dos pontos necessários para o melhor aproveitamento da cadeia de suprimentos. Ou seja, se faz necessário usar positivamente o volume de estoque e as mercadorias que têm dentro da empresa, sem a precisão de fazer grandes contratos. Ricardo explicou que esse sistema permite a empresa a aproximar-se de fornecedores estratégicos, o que pode a vir desenvolver uma boa negociação e gerar um bom contrato para ambas as partes.
“Utilizando essa metodologia de abastecimento, ganhamos primeiro o valor numa escala de compra maior. Com isso, nosso fornecedor pode até entregar compras em pequenas quantidades pois ele estará resguardado por um bom contrato. O seu foco é diferente e assim o fornecedor pode ver a composição numa escala maior. Esse é o nosso desafio, trabalhar de forma agregada”, ressaltou.
Elencando o último obstáculo da área o gerente disse que é necessário estipular normas e políticas. Segundo o mesmo, algumas já existem, tais como: regras de compra de estoque, mas necessitam de uma revisão e, para além disso é preciso comunicar tudo de forma clara e objetiva para chegar ao cliente interno da empresa sem ruídos.
Além dessas adversidades, os colaboradores também precisam estar integrados ao novo ritmo. Ricardo disse que uma grande cooperação que os funcionários podem assessorar é a forma de especificação. “Pra gente suprir alguma coisa, pra gente comprar ou contratar um serviço precisamos saber exatamente o que o cliente interno deseja”, confessou.
Motivado, Ricardo confirmou que para além de tudo isso neste ano muitas oportunidades virão e é preciso que todos ‘mergulhem nessa onda’ para que as boas oportunidades possam ser aproveitadas, visando a melhoria dos processos. “A minha vivência nesse assunto é longa e estou aqui para colaborar cada dia mais para o sucesso da B&Q”, finalizou.